Holocausto Brasileiro

Holocausto Brasileiro – Livro

O dia nacional do livro chegou. Por isso, achei que poderíamos falar de uma obra brasileira. Holocausto brasileiro é um livro que me impactou. Por isso, ele gerou em mim a necessidade de compartilhar dessa história. Vamos conhecê-la?

Holocausto brasileiro foi escrito pela jornalista Daniela Arbex. Ele trata da história de pacientes reais do hospital psiquiátrico de Barbacena. Muita gente não sabe, mas um holocausto Brasileiro aconteceu naquele lugar.

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Portanto, o trabalho de Daniela se torna ainda mais importante. Afinal, é preciso fazer jus a memória destas vítimas. As que morreram e as que tiveram um pedaço de suas vidas tiradas e,além disso, marcadas pelo horror.

Enredo

Durante décadas, milhares de pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, num enorme hospício na cidade de Barbacena, em Minas Gerais.

Ali foram torturados, violentados e mortos. Ninguém se importava com seu destino. Afinal, eram apenas:

  • epilépticos;
  • alcoólatras;
  • homossexuais;
  • prostitutas;
  • meninas engravidadas pelos patrões;
  • mulheres confinadas pelos maridos;
  • moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento.

Ninguém ouvia seus gritos.

Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles conseguiu contar a história completa. Mas Daniela Arbex o fez, depois de muitos anos.

O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio! 60 mil pessoas morreram. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.

Holocausto brasileiro

Essa leitura é muito triste. Inclusive, a obra pode conter alguns gatilhos mentais. Por isso, cuidado!

Também é muito triste saber que um crime como esse aconteceu no Brasil, mas nós não o conhecemos. Foi permitido que nós nos esquecêssemos e ignorássemos este ponto da nossa história.

Todo brasileiro deveria conhecer essa história. Portanto, todos deveriam ler esta obra. Essa é uma forma de mostrar que nós nos importamos. Uma homenagem que as vítimas não receberam em vida. Nós – enquanto sociedade – não podemos esquecer.

Barbacena tratou pessoas como lixo. As terapias de eletrochoque foram ministradas sem motivo. Talvez argumentem que eram outros tempos. Ou seja, que o conhecimento científico era reduzido. Mas esse tipo de recurso não foi apenas pela medicina.

Eletrochoque era tortura, era punição.

Além disso, não podemos deixar de mencionar que as condições sanitárias eram das piores. Os pacientes não eram limpos, o ambiente não era deplorável.

E como se não fosse o suficiente há ainda o fato de que muitos dos internos não tinham problema algum.

Vou usar um senso comum ao dizer que nós precisamos conhecer a história. Afinal essa é a única forma de evitar que os erros se repitam. Por isso, devemos agradecer a Daniela Arbex!

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