a balada de Adam Henry

A balada de Adam Henry – Literatura

Olá, espero que todos vocês estejam bem. Hoje eu quero falar de um livro curto, mas intenso. O nome dele é “A balada de Adam Henry” e foi escrito por Ian McEWAN, um ator inglês e contemporâneo.

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Eu conheci esse livro por acaso. Na verdade, eu sou uma mega fã da Emma Thompson e, como tal, assisto a boa parte dos filmes da atriz. Um dos mais recentes de chama “Um ato de esperança” e é a adaptação de “A balada de Adam Henry”.

Como eu quase sempre faço, optei pela leitura do livro antes do filme e é sobre ele que nós conversaremos hoje.

A balada de Adam Henry

A personagem central é Fiona Maye, uma juíza do Tribunal Superior especialista em Direito da Família.

Ela é conhecida pela “imparcialidade divina e inteligência diabólica”, na definição de um colega de magistratura. Mas seu sucesso profissional esconde fracassos na vida privada.

Prestes a completar sessenta anos, ela ainda se arrepende de não ter tido filhos e, além disso, vê seu casamento desmoronar. Assim que seu marido faz as malas e sai de casa, Fiona tem de lidar com o caso de um garoto de dezessete anos chamado Adam Henry.

Ele sofre de leucemia e depende de uma transfusão de sangue para sobreviver. Seus familiares, contudo, são Testemunhas de Jeová e resistem ao procedimento.

O dilema não se resume à decisão judicial. Como nos demais casos que julga, Fiona argumenta com brilho em favor do racionalismo e repele os arroubos do fervor religioso. Mas Adam se insinua de modo inesperado na vida da juíza. Revela-se um garoto culto e sensível e lhe dedica um poema incisivo: “A balada de Adam Henry”.

Os sentimentos despertados pelo garoto a surpreendem e incomodam. A crise doméstica e o envolvimento emocional com Adam – que oscila entre a maternidade reprimida e o desejo sexual – desarrumam sua trajetória de vida exemplar, trilhada com disciplina espartana desde a infância.

*Enredo retirado do site da Editora Cia das Letras

A balada de Adam Henry – um pequeno livro intenso

Em 193 páginas nós nos encaminhamos para um turbilhão de emoções. Tudo começa com uma pergunta complicada: um juiz tem o direito de determinar que um jovem de quase 18 anos seja obrigado a receber uma transfusão de sangue, mesmo conhecendo os desejos religiosos do jovem e de seus pais?

Para pessoas que não professam a religião, pode parecer que a resposta é simples, “sim”. Para pessoas que são parte da religião, pode parecer simples também, “não”.

Mas não é bem assim que as coisas funcionam. Afinal, estamos falando de uma questão legal e não de simples opiniões. O estado laico permite que as pessoas tomem esse tipo de decisão, mas as coisas mudam quando falamos de um menor de idade.

O problema é: como aplicar a lei quando a criança em questão tem 17 anos e 9 meses?

São com essas questões que a juíza precisa lidar no julgamento. Enquanto isso, ela lida com uma crise conjugal causada pela forma como sua vida está, mas não por falta de amor.

Para completar há uma reflexão na obra sobre o poder religioso e a importância do ensino. Como ser uma pessoa sábia e o que fazer quando tudo o que você acreditava deixa de fazer sentido?

É muita coisa, mas “A balada de Adam Henry” se resolve bem em suas poucas páginas!

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