“Axé – Canto do povo de um lugar” é um documentário sobre esse estilo musical brasileiro. Eu não sou o tipo de pessoa que escuta axé o tempo todo. Mas o documentário não é apenas para fãs do estilo musical.
Sendo sincera, eu dificilmente escuto axé. Se toca em festas, não me incomoda. Além disso, eu escuto Ivete Sangalo de forma esporádica.
Talvez você seja como eu, talvez você ame axé e talvez você sinta repulsa pelo ritmo. Entretanto, seja como for, todos precisam reconhecer – sem precisar gostar – que o estilo é um patrimônio cultural brasileiro e deve ser tratado como tal.
Nossa cultura é preservada por meio de registros. Por isso, é muito importante que documentários como “Axé – Canto do povo de um lugar” sejam realizados. Mas também é importante que eles sejam assistidos.
Por isso, essa é a nossa recomendação de hoje.
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“Axé – Canto do povo de um lugar”
Originário da Bahia e considerado hoje um dos movimentos musicais mais globalizados do mundo, o axé é um ritmo musical que carrega em sua essência boa parte de todo o sincretismo musical e cultural baiano.
O documentário aborda através de entrevistas de artistas do gênero musical, especialistas e críticos musicais o ritmo nascido na década de 80. Mas que só ganhou o Brasil nos anos 90.
Acompanhe entrevistas e imagens de arquivo com objetivo de traçar um ponto inicial do nascimento do gênero.
Cultura Nacional
O documentário tem duração de 107 minutos. Ele conta com entrevistas de personalidades da música como Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Caetano Veloso e Daniela Mercury.
É lindo ver como o ritmo se consolidou em todo Brasil e, além disso, como seu nome foi a transformação de algo pejorativo em um motivo de orgulho para quem estava fazendo essa arte.
Também é interessante descobrir como aconteceram grandes eventos do mundo do axé, como a gravação do clipe com Michael Jackson e um show de Daniela Mercury em São Paulo que precisou ser interrompido para não comprometer a estrutura do MASP.
Parte da cultura nacional, o axé também foi sucesso em várias partes do mundo. Por isso, vamos valorizar esse som que é nosso.