Doenças para eliminar indígenas

Doenças para eliminar indígenas – massacre dos povos é histórico

Colonizadores e as doenças para eliminar indígenas

A invasão das Américas foi marcada pelo massacre de povos originários. Os europeus chegaram e dominaram os territórios. Muito disso só foi possível pelo uso de doenças para eliminar indígenas.

Vamos falar de Brasil. Os povos indígenas eram muito diferentes dos portugueses. Nossa terra tinha doenças com as quais eles nunca haviam tido contato. E o contrário também era uma realidade.

Por isso, os dois povos sofriam com a baixa imunidade para algumas condições. Mas os indígenas ainda estavam em desvantagem. Aqui, as possibilidades de tratamento eram mais precárias e, além disso, os hábitos coletivos permitiam que as doenças se espalhassem com facilidade.

Portanto, não foi difícil para os portugueses usarem doenças para eliminar indígenas. Aliás, essa foi a tática para causar a extinção de diversas tribos.

Estima-se que em 1500 a população indígena no Brasil fosse de 3 milhões. Atualmente, devem ser cerca de 750 mil. As doenças utilizadas pelos portugueses foram, por exemplo:

  • varíola;
  • sarampo;
  • febre amarela;
  • gripe.

Existem alguns relatos históricos que vão desde presentes contaminados para os indígenas – como camisetas de alguém que morreu de alguma dessas doenças – até a atração dos índios para vilas com surtos das enfermidades.

Mas isso não acabou com o fim do período de colonização.

A prática seguiu sendo comum

Os anos se passaram e a prática colonizadora se aperfeiçoou. Com mais tecnologia, os brasileiros puderam usar doenças para eliminar indígenas de forma mais rápida.

Existem documentos históricos que comprovam que no século XIX, os fazendeiros de Caxias deram camisetas contaminadas com Varíola para um grupo de 50 índios. Eles espalharam a doença por toda a aldeia.

Em 2014 um relatório da Comissão Nacional da Verdade apontou o uso de aviões no Mato Grosso e Rondônia. Esses aviões foram utilizados para distribuir brinquedos para os índios cinta larga.

O problema é que os brinquedos estavam contaminados com vírus da gripe, sarampo e varíola. Eles foram enviados por seringalistas, mineradores, madeireiros e garimpeiros – aparentemente com o aval do governo federal – e foram responsáveis pela morte de cerca de 5 mil indígenas.

Além disso, aviões também foram utilizados em outras regiões do Brasil para jogar agrotóxico nas tribos.

Durante a Ditadura Militar o Brasil investiu em uma política de aproximação dos índios. Mesmo sabendo que isso poderia causar a morte dessas pessoas, que não haviam tido contato com uma série de doenças.

Isso também foi causa de massacres.

É importante dizer também que a morte dos indígenas pode acontecer por negligência e essa é, talvez, a maior preocupação de 2020.

Covid-19 e os povos indígenas

Não é preciso dizer que o coronavírus está se espalhando pelo Brasil de forma rápida. Além disso, não deve ser segredo para ninguém que o número de mortos no Brasil já ultrapassou 70 mil.

Há falta de políticas públicas que defendam a população do vírus. Entretanto , a situação é ainda mais grave quando nós falamos de povos indígenas.

Observando a foto de uma aldeia já é possível perceber que não há a opção de isolamento social. Além disso, se nas cidades nós temos problemas de saneamento básico e acesso a médicos, imagina o que acontece com os índios.

No último mês o presidente vetou qualquer ajuda especial para os povos indígenas. Hoje, o Amazonas já tem mais de 2,3 mil índios contaminados. Isso representa – de acordo com o G1 – aumento de 117% em um mês.

Por isso, não é um exagero afirmar que estamos diante de uma possibilidade de extermínio de tribos inteiras e, com elas, seus costumes e história.

Fontes 1, 2 e 3

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.