Como se deu o voto feminino no Brasil? A história do sufrágio feminino brasileiro não é tão conhecida por nós. Mas acho que é hora de mudar essa realidade.
Não sei se é exagero dizer, mas acho que a maioria das pessoas sabe mais sobre o sufrágio feminino na Inglaterra do que no Brasil. Digo isso pelo fato de que muitos de nós assistiram “As sufragistas”. Entretanto, o voto feminino no Brasil também foi conquistado com luta.
Infelizmente, esse é mais um dos pontos que não são vistos na nossa formação escolar – ou são vistos de forma excessivamente rápida. Portanto, é nossa função estudar a respeito por conta própria. Ou não, depende do seu grau de interesse histórico.
Seja como for, eu julgo que esse é um livro importante. Mais do que isso é um retrato histórico do país.
O voto feminino no Brasil – enredo da obra
Você sabe quem foi a primeira mulher eleita deputada federal?
Sabia que já existiu um Partido Republicano Feminino?
E qual foi o estado brasileiro a autorizar o primeiro voto feminino?
Esses e outros fatos e curiosidades da história da luta pelos direitos políticos femininos são contados neste livro em linguagem acessível e descontraída pela historiadora e professora Teresa Cristina Novaes.
Destacando mulheres notáveis como Bertha Lutz, Carlota Queirós, Celina Guimarães, Josefina Álvares de Azevedo, Júlia Barbosa, Leolinda Daltro e Nísia Floresta, que imprimiram força e personalidade, marcaram época e inspiram gerações, a autora revisita os principais momentos em que as ideias de participação feminina na vida política foram debatidas pelo Poder Legislativo.
Essa é uma obra sobre democracia e coragem civil que convida as mulheres a continuarem a lutar, resistir, elevar a voz e se fazer ouvir.
Nós demoramos a votar?
O voto feminino no Brasil foi autorizado em 1932, junto com o sufrágio universal. Entretanto, as mulheres votaram em poucas eleições, pois o Brasil passou pela ditadura de Vargas e poucos anos mais tarde, pela ditadura militar.
O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a liberar o voto para mulheres. Aliás, nós autorizamos o voto feminino antes mesmo de países europeus. Mas a situação do voto das mulheres foi discutida durante muitos anos.
Uma das grandes questões era o fato de que, em português, nós utilizamos o masculino como gênero neutro. Por isso, dizia-se que todo cidadão poderia votar. Por muitos anos foi discutido se cidadão era gênero neutro ou se era uma referência exclusiva a homens.
Isso fez com que as mulheres se mobilizassem para conseguir votar. Infelizmente, muitas morreram sem que isso fosse possível.
A leitura desse livro nos mostra que mais que uma obrigação, votar é um direito e nós devemos dar valor a isso.
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