Doze homens e uma sentença

Doze homens e uma sentença – Filme

Sinopse

Doze homens e uma sentença se passa em uma sala, na qual os jurados debatem a vida de um homem. O filme se passa em um único espaço, a sala do júri.

Um jovem porto-riquenho é acusado de ter matado o próprio pai e vai a julgamento. Doze jurados se reúnem para decidir a sentença. Onze dos jurados, cada um com sua convicção, votam pela condenação. O jurado número 8 é o único que apresenta dúvidas.

Pode parecer simples, mas o sistema de justiça americano prevê que alguém só pode ser considerado culpado se não houver dúvida sobre a culpa.

Ou seja, se os jurados não tiverem 100% de certeza, o réu deve ser considerado inocente.

Doze homens e uma sentença

Doze homens e uma sentença é um filme de 1957. Além disso, há uma regravação de 1997 – mas essa eu ainda não assisti. A obra foi criada para o teatro e segue sendo apresentada nesse formato.

O filme mostra – entre outras coisas – como é fácil permitir que nossos preconceitos nos levem a condenar o próximo. Aliás, nossos preconceitos podem nos cegar a ponto de nós sequer observarmos as provas.

O que os jurados têm que enfrentar é uma decisão de culpado e inocente. Sendo que: culpado significa pena de morte na cadeira elétrica.

Em um primeiro momento, onze votam “culpado”. Isso acontece em menos de 5 minutos. E é importante perceber que quem levanta a mão mais rápido é quem mais grita, os outros se deixam levar.

Alguém já precisou discutir com pessoas que gritam ao invés de apresentar argumentos?

Em “Doze homens e uma sentença” isso é muito bem observado.

A arte de falar mais alto

O Brasil vem encontrando muitos problemas de polarização. Por isso, é fácil para nós nos identificarmos com o que o filme apresenta.

Os personagens, lindamente construídos, apresentam profundidade psicológica. Por isso, é fácil compreender a forma como eles se comportam. Mas isso não quer dizer que eles estejam certos em suas ações.

Boa parte deles não tem poder nenhum de argumentação. Ao serem perguntados o motivo de julgarem o rapaz culpado, as respostam vagam entre:

“Eu sei”

“Eu sinto”

“Vocês conhecem esse tipo de gente” – aqui falamos de pobre e imigrantes.

Por isso, é tão difícil para o jurado número 8 convencê-los sequer a pensar a respeito do assunto. E digo desde agora que há quem não consiga pensar nessa obra. O que faz sentido, pois também é assim na vida real.

Além de uma aula de empatia, “Doze homens e uma sentença” é uma aula sobre o poder e a importância da argumentação.

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