O que é um nome?
Todo mundo tem um nome, mas qual a importância do seu nome? Todo mundo, ao conhecer alguém, pergunta: Qual é o seu nome? Essa é a primeira coisa que nós desejamos saber, a identidade do indivíduo.
Antes de mais nada vamos entender: o que é um nome? Na peça Romeu e Julieta, Shakespeare escreveu:
“Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.” (Cena 2, Ato II).
E, por mais que concorde que nossas relações interpessoais surjam da forma por Shakespeare descrita, independente do nome, nem tudo é assim. Para me explicar de forma mais clara, faço uso do dicionário:
“Nome é a denominação que se dá a uma pessoa, animal ou objeto para distingui-lo dos demais e dar-lhe uma identidade única que não seja confundida com outra similar.”
Ou seja, nome é identidade. Por isso, a maioria dos pais evitam que seus filhos tenham nomes que possuam significados controversos. Por exemplo: quantas pessoas chamadas Édipo vocês conhecem? Dificilmente, os pais escolheriam para seus filhos o nome do homem que matou o pai e se casou com a mãe.
Portanto, ao escolher a identidade de crianças, os responsáveis pela nomenclatura procuram equilibrar beleza e significado.
Qual a importância do seu nome?
Nome é identidade. Sendo assim a importância do seu nome é evidenciada. Nós nos identificamos pelo nosso nome. Por isso, uma opção de controle psicológico é a mudança da nomenclatura. Em diversas seitas, ou em casos de sequestro, uma das artimanhas usada para domínio do outro, é dando-lhe um novo nome.
Essa é uma das razões pelas quais eu afirmo que a pessoa precisa estar confortável com o seu nome. O apego à sua nomenclatura precisa ser suficientemente forte para que ela não desapareça do seu imaginário.
Mas não vamos só falar de casos extremos. Não deixem que as pessoas te chamem por outros nomes. Se você se chama Paola, por exemplo, não deixe que te chamem de Paloma. Afinal de contas, Paloma é outra pessoa, não é você.
O fato de que alguém sempre erra a forma como você se chama é, além de falta de respeito, uma forma de humilhação. É possível fazer com que uma pessoa se sinta diminuída ao chamá-la por diversos nomes que não são dela, ou por estar sempre perguntando “Mas como você se chama mesmo?”
A mudança de nome
Não é fácil mudar o seu nome no Brasil. Na maioria dos casos é necessário comprovar que a escolha dos seus responsáveis te causa constrangimento público. Além disso, as pessoas que optam pela troca de sexo também podem escolher um nome social.
Entretanto, a questão no nome social ainda é bem nebulosa no Brasil. Não são todos os locais que aceitam o uso. Algumas escolas começaram a aceitá-lo, outras não. Algumas entidades públicas aceitam, mas não são todas.
A grande questão do nome social é o direito à identidade. O direito à escolha do nome é o direito de escolha da própria identidade. E, sendo assim, é a oportunidade de ser nomeado por algo que você julgue valer a pena defender. Garantindo assim, que a pessoa tenha mais uma arma contra qualquer tipo de terror psicológico.
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