Stockholm é um filme espanhol, dirigido por Rodrigo Sorogoyen. O longa foi lançado em 2013 e aborda um lugar comum. Talvez isso seja o que mais chama atenção na obra.
O começo do longa parece ser bem mais do mesmo. Mais um rapaz insistente que vê uma menina na balada. Mais um casal que se curte sem motivo aparente. Só que não é bem isso.
A direção optou por uma abordagem bem teatral. A maior parte do filme é retratada com apenas dois atores. Eles não recebem nomes, sendo apenas “ele” e “ela”.
Enredo
Eles se conhecem em uma festa. Ele fica extremamente interessado por ela que, por sua vez, não se interessa. Entretanto, ele não desiste. Em um típico ‘joguinho de romance’, ele é fofo, fala tudo o que ela deseja ouvir.
Mas, até onde nós podemos brincar com os sentimentos das outras pessoas?
Naturalidade que assusta
O filme mostra como algumas coisas da vida são tratadas como naturais. Como causar sofrimento ao próximo, pelo prazer próprio, é comum.
Ela não quer sair com ele, mas ele insiste. As amigas dela acham que esse comportamento dele é perfeitamente normal, por isso, não se preocupam ao deixá-la sozinha.
O jogo de ‘gato e rato’ entre homem e mulher é apresentado da forma como a sociedade a vê… natural.
Entretanto, não pense que tudo é romantizado na obra. Pelo contrário, as ações dos personagens te surpreendem cada vez mais. Eles não são previsíveis, pelo menos não no dia seguinte.
Depois do sexo, tudo muda entre os dois e não da forma como você imagina. As aparências enganam é uma frase bem vazia para definir o caminho que o filme segue.
O que a obra causa?
Não tenho conhecimentos psicológicos, mas acredito que não seja um filme bom para quem está passando por uma situação difícil.
Gosto da forma teatral como o filme é conduzido. Em alguns momentos isso desacelera a obra. Deixa o sintomas mais vivos, as coisas mais reais. Além disso, o espectador, que não deve ter pressa pode se sentir desconfortável.
É pra causa desconforto. Isso é bom. É proposital. É intenso.
Disponível no Netflix!
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