Janusz Korczak é uma das pessoas cuja história mais me emociona. Por isso, mais do que qualquer outro post, eu peço para que esse seja compartilhado. Algumas histórias precisam ser conhecidas por todo mundo.
Essa é uma das histórias capaz de me fazer acreditar na bondade humana. É uma das que me leva a crer que, diferente do que é apresentado em “O senhor das moscas”, o ser humano é capaz de ser bom, mesmo em ambientes cruéis.
Quem foi Janusz Korczak?
Nascido em 1878, seu nome de batismo era Henryk Goldszmit. Polonês, seus pais eram ricos e a família tinha origem judia.
Sabe-se que sua relação com os pais era conturbada e talvez isso tenha-o impedido de abandonar suas crianças. Formado em medicina pediatra, costumava cobrar mais dos ricos para poder atender aos pobres gratuitamente.
Estudando em Zurique – em 1901 – conheceu Stefa Wilczinska que o incentivou a estudar pedagogia. Ele o fez e depois foi para Berlim onde fez uma especialização na área de pediatria.
Em 1912, inaugurou o orfanato e lar para crianças judias, abrigando 100 pessoas. Ele era o diretor e médico do local. Ao fim da Primeira Guerra ele acumulou a missão de cuidar de mais um orfanato.
A vida durante a Segunda Guerra
Quando o exército alemão invadiu a Polônia, Korczak precisou ir para o Gueto acompanhado pelas crianças de seu orfanato judeu.
O médico tinha diversos amigos cristãos que se prontificaram a falsificar seus documentos. Eles prometeram ajudá-lo a se esconder fora do Gueto, mas ele nunca aceitou. Janusz afirmava que não poderia deixar as crianças sozinhas.
Ele ficou no gueto até o dia 5 de agosto, quando começou a aniquilação do Gueto de Varsóvia.
De acordo com as histórias da época, as crianças do orfanato foram as mais comportadas ao se dirigir para os trens que as levava para o campo de concentração.
Vestidos com suas melhores roupas, as crianças se dirigiram calmas e em duas filas para sua última viagem. Dizem que ele havia contado para os pequenos que eles iriam passar o dia no campo. O que quer que ele tenha falado, serviu para trazer calma em um momento que deveria ser de desespero.
Janusz morreu em uma câmara de gás em Treblinka, assim como suas crianças. Não, ele não conseguiu salvá-las da morte, mas só alguém muito bom consegue se sacrificar pelo próximo.
Janusz Korczak foi um homem que abriu mão da própria salvação para não abandonar outros indefesos. Seu ato de amor é memorável, assim como sua história, que deve ser repetida infinitamente.
Espero que vocês não deixem essa história morrer!
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