Será que o ambiente é capaz de mudar a essência do ser humano? Nós, enquanto pessoas temos nossos níveis de bondade e maldade determinados pelo local no qual nós vivemos? Esses temas são tratados no livro “O senhor das moscas”.
A obra que aborda uma das formas do mal se manifestar no ser humano. Construído por meio de alegorias, o livro foi publicado em 1954.
A obra do autor britânico William Golding me deixou muito impactada. Os questionamento que coloco no começo do post são tratados de forma tão natural, que chega a ser um pouco pessimista.
Vale à pena ser lido, mas não o recomendo para alguém que está precisando de coisas alegres. A obra é algo parecido com um choque de realidade. Digo “parecido”, pois vai depender da sua crença individual com relação à índole humana.
Enredo
“Próxima Guerra Mundial. Um avião que levava meninos para um lugar seguro, cai no meio de uma ilha deserta. Primeiro, sem a supervisão de adultos, a liberdade é algo que merece ser celebrada. Longe da civilização, eles podem fazem o que quiserem. Entretanto, conforme a ordem criada por eles vai entrando em colapso, barulhos estranhos de corujas e o terror começam a reinar. A esperança por aventura parece ter sido removida da realidade assim como a esperança de resgate.”
A importância da obra
Como eu disse anteriormente, “O senhor das Moscas” é uma obra montada por meio de alegorias. Cada personagem representa um pilar da sociedade. No começo, o chefe é escolhido democraticamente, seu principal aliado é o mais racional de todos e até o exército de caça é bem escolhido.
Além disso, os meninos usam uma concha para determinar a ordem de fala, representando uma sociedade democrática. É interessante observar que ao colocar uma concha como representação da democracia, o autor mostra o quão frágil ela pode ser.
Porém, a natureza os torna selvagens, dando espaço para um chefe ditador, a violência crescente e a perda da inocência.
O livro foi lançado 9 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, por um autor que havia servido a Marinha Britânica durante a batalha. Sobre a Guerra, ele declarou:
“Qualquer pessoa que tenha passado por esses acontecimentos terríveis sem entender que o homem produz o mal como a abelha produz o mel estava cega ou louca”.
Denso e capaz de tirar o fôlego do leitor, o livro mostra exatamente esse pensamento. Golding mostra que é muito fácil jogar o homem na escuridão e muito difícil arrancá-lo dela.
Curiosidade
Li o livro em inglês. Como ele fala alguns vocabulários bem específicos, não o recomendo para um leitor iniciante. Pessoas com inglês entre os níveis intermediário e avançado podem conseguir aproveitar a leitura.
Espero que vocês tenham gostado. Qualquer dúvida, reclamação ou comentário pode ser enviado para o email [email protected]
Até à próxima