No fim de semana eu fui em uma exposição sobre os 50 anos do AI-50. Ela está acontecendo em São Paulo – no Instituto Tomie Ohtake – e é gratuita.
A exposição
Por mais que eu já tenha estudado algumas coisas sobre a ditadura, confesso que essa exposição me fez ver o quão pouco eu sei. A verdade é que a história é recheada de tantas histórias, que nossa vida precisa ser recheada de estudo.
Recheada de entrevistas e elementos visuais, a exposição é perfeita para observadores. Além disso, não há necessidade para preocupação, não há excesso de fotos violentas. Obviamente, é impossível falar de ditadura e deixar de fora as torturas, entretanto, isso não é visualmente exagerado.
Os depoimentos – que podem parecer longos – valem muito a pena ser ouvidos. Pessoas que resistiram ao regime estão dispostas a revelar seus atos e explicar como as coisas aconteciam. Dentre os mais conhecidos, há uma entrevista do músico Gilberto Gil.
Tem realmente muita coisa interessante, porém acredito que se eu encher o post de fotos e citações, pode perder um pouco a graça. Por isso, não me prolongarei mais.
O que foi o AI – 5?
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo militar anunciou o Ato Institucional nº 5, o mais rigoroso da ditadura.
Definido durante o governo do general Costa e Silva, o AI-5 vigorou até dezembro de 1978.
O novo ato institucional mantinha as decisões dos atos anteriores. Além disso, ele aumentava os poderes do presidente e dificultava a vida dos resistentes.
Considerava-se que qualquer fato que “perturbar-se a ordem” seria contrário ao governo militar. Qualquer pessoa que fosse presa por crimes como esse – considerados crimes políticos – seriam julgadas por uma corte militar, sem direito a habeas corpus e sem poder recorrer da decisão.
No final do primeiro ano do Ato Institucional 5, uma série de políticos já haviam sido cassados. E os poderes estavam cada vez mais centrados nas mãos do presidente.
Se interessou?
A exposição está no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Ela está em disponível de 5 de setembro até 4 de novembro de 2018.
Horários: Terça – domingo, das 11h às 20h.
Entrada Gratuita
Endereço: Av. Faria Lima 201 – Entrada pela Rua Coropé 88 – Pinheiros SP
Próximo ao metrô Faria Lima (linha amarela)
Me digam depois se vocês foram e o que acharam. Qualquer dúvida, comentário sobre os posts ou sugestões são muito bem vindas. Basta enviar e-mail para diferentã[email protected].
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