“Não se pode comprar um livro pela capa”. Se eu concordo com esse dito popular? Sim! Mas isso faz com que eu deixe de comprar livros pela capa? Não! Aliás, foi assim que aconteceu com o livro de ficção científica “As quinze primeiras vidas de Harry August”.
Escrito pela britânica Claire North – pseudônimo de Catherine Webb – a obra foi lançada em 2014. A primeira vez que eu vi esse livro em uma livraria, eu já fiquei interessada. Não sabia do que se tratava, nunca havia ouvido falar, mas a capa é linda.
É claro, não comprei no impulso só pela capa, mas ela me saltou aos olhos. O que selou minha história com esse livro foi ao ler a sinopse. Aliás, a primeira frase da sinopse já havia selado um destino: “Certas histórias não podem ser contadas em uma única vida”.
Gosto disso. Concordo com isso. Acho que tem coisa que é intensa demais pra ser vivida em uma vida só. E uma história que precisa de 15 primeiras vidas tem que ser interessante. Não me arrependi. Realmente é!
Sinopse
“Certas histórias não podem ser contadas em uma única vida. Harry está no leito de morte. Outra vez. Não importa o que faça ou que decisões tome: toda vez que ele morre, volta para onde começou; uma criança com a memória de todo o conhecimento de uma vida vivida diversas vezes.
Nada nunca muda… até agora.
Ele está perto da décima primeira morte quando uma garotinha de 7 anos se aproxima da cama: “Quase perdi você, doutor August. Eu preciso enviar uma mensagem de volta no tempo. O mundo está acabando, como sempre. Mas o fim está chegando cada vez mais rápido. Então, agora é com você.”
Este livro conta a história do que Harry faz em seguida, do que fez antes, e do que faz para tentar salvar um passado inalterável e mudar um futuro inaceitável.”
As discussões da obra
Um fato importante: Sempre que Harry morre, ele renasce. Isso acontece com pessoas que são como ele, mas não com todo mundo. Pessoas como o Harry renascem e se lembram da vida anterior, é apenas uma continuação.
Para eles, a infância é a parte mais chata. Afinal de contas, eles estão apenas revivendo algo que já passou. Porém, cada fase adulta é diferente. As pessoas mudam, os amores, as profissões.
A vida de Harry e de pessoas como ele pode ser fácil. Eles têm o poder de inventar coisas que ainda não existem. Eles podem enviar mensagens para outros tempos. Entretanto, será que é certo e moral mudar o curso natural das coisas por enriquecimento individual?
E o que fazer com pessoas ruins, que desejam dominar o mundo e não morrem nunca?
“As quinze primeiras vidas de Harry August” é um livro interessante e intenso. Rico em detalhes, não deve ser lido aos poucos. Lê-lo rapidamente permite que você não se esqueça de nada e, tenha certeza, perder qualquer coisa pode causar confusão.
A leitura não é fácil, mas é interessante.